Como importar tecidos
Aprenda nesse guia como importar tecidos e quais os principais aspectos nessa operação
CENÁRIO: O Brasil é conhecido por ter um grande parque fabril têxtil e de confecções. Foram 1,7 bilhões de dólares movimentados no primeiro semestre de 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. O produto brasileiro possui grande qualidade, entretanto ainda depende da importação para atender as demandas internas. As importações nesse mesmo período, representam mais de 2 bilhões de dólares, destacando os países fornecedores como China, Índia e Paraguai, em ordem de relevância.
NA PRÁTICA: A importação têxtil e de confecção sempre foi objeto de desejo aos atuantes do segmento ou a quem deseja iniciar. O preço no mercado internacional é muito mais competitivo, tornando ainda mais atrativa a importação para maior lucratividade.
Antes de avançar sobre os primeiros passos vamos dividir em Têxtil e Confecção:
TÊXTIL: A importação têxtil possui uma delicadeza em virtude da proteção da produção nacional, logo, é importante colocar na conta não só o valor do produto, mas a incidência de antidumping. Os importadores de artigos têxtis, em geral, são grande confecções ou distribuidores. Para uma confecção que deseja iniciar, é importante selecionar os itens de maior peso financeiro na produção (curva ABC). Depois, é fundamental ter as especificações técnicas detalhadas. Essa etapa é fundamental para o sucesso da operação. Além de facilitar a busca pelo fornecedor, também proporciona segurança na negociação dos preços. O mercado internacional é muito sensível e apurado ao conhecimento do comprador, logo, se o fornecedor acusar que a empresa compradora não possui domínio sobre a compra, naturalmente oferecerá produtos de menor qualidade e maior preço. Para homologar um fornecedor, é fundamental lembrar que uma indústria têxtil produz em larga escala, desse modo, opte pela consulta com compradores assíduos para constatar a qualidade do produto e atendimento. Essa consulta não elimina a inspeção da fábrica e de embarque, mas endossam o fornecedor. A classificação correta, e o atendimento de Licenças de Importação (L.I.) são cruciais para importar, voltando novamente a atenção ao fornecedor. Não esqueça que toda e qualquer informação vem dele, da documentação e laudos, às certificações. A logística não é complexa, pois usualmente as fabricas estão familiarizadas com a exportação, dominando o processo de estufagem dos Containers.
CONFECÇÃO: Boa parte dos lojistas e das grandes redes de varejo tem interesse na importação de peças prontas devido à praticidade, menor custo e, principalmente, à competitividade. Qualidade e modelagem são os principais atributos procurados pelos importadores.
Exemplos de tecidos que podem ser importados
Os países produtores estão espalhados pelo Globo, entretanto, os de menor custo continua sendo a China. A Índia também possui excelentes parques de confecções e produzem produtos com qualidade, bem como o Peru, o México e a Indonésia.
Um aspecto importante é a modelagem, e assegurar isso junto ao fornecedor é o maior desafio. Alguns fornecedores disponibilizam a personalização da coleção, e isso pode ser um grande diferencial para se destacar no mercado nacional, entretanto, exige-se um pedido mínimo para viabilizar, e uma equipe no Brasil capacitada para desenvolver o design, considerando o tipo do tecido, entre outros. Para quem busca a simplificação, opte pelas coleções que já possuem uma inclinação ao mercado latino, pois o biotipo é mais próximo ao do Brasil. Na China usualmente as compras são por dezenas, centenas e/ou milhares - basta acertar a grade de tamanhos.
A classificação incorreta continua sendo um problema para importadores desavisados ou não comprometidos. Lembrando que a classificação tem como base a composição, função e/ou aplicação. A logística destes produtos, em alguns casos, requer atenção: o correto acondicionamento por caixa identificando peça, modelo, tamanho, cor, e tecido, são recomendadas para facilitar o processo de liberação alfandegária. Um erro comum de importadores é não exigir do fornecedor tal medida, e na possível incidência de um canal vermelho o fiscal terá dificuldades de localizar corretamente os itens e suas respectivas quantidades declaras na Commercial Invoice.
CARGA TRIBUTÁRIA: Tanto o têxtil quanto o de confecção são produtos ostensivos, e com altas alíquotas de impostos, desta forma, é imprescindível o desenvolvimento de um planejamento de importação para que o custo da importação contemple corretamente os valores e viabilidade de negócios. Outro cenário que não pode ficar de fora é o da carga tributária da respectiva saída (exemplo – a venda). Alguns produtos podem ter incidência da substituição tributária, que deve também estar agregada ao planejamento.
Mesmo com a alta carga tributária, a importação continua sendo uma excelente opção de aumento de competividade, lucro e ampliação no MarketShare.
Cases de clientes da Gainholder - Importação de tecidos
CASE 1: Uma empresa paulista de confecção especializada em lingerie buscou a Gainholder com interesse em importar diretamente os tecidos para reduzir seus custos de produto, e excluir atravessadores. O processo foi muito fluído devido à empresa possuir um excelente departamento de desenvolvimento e qualidade, logo, as especificações técnicas vieram muito ricas - facilitando a pesquisa e negociação com fornecedores. A partir da pré-seleção de fornecedores enquadrados nas exigências mínimas, iniciaram as importações de amostras. Após severos testes os tecidos enfim estavam aptos a serem importados em larga escala. O sucesso foi tão grande que a empresa desejou ampliar o leque de produtos para o bojo do sutiã.