Como importar brinquedos
Aprenda nesse guia como importar brinquedos e quais os principais aspectos nessa operação
CENÁRIO: O segmento de brinquedos, somado à produção nacional e importação, mais que dobrou de 2011 para 2018, fechando com um faturamento acima de 5 bilhões. O número de fábricas instaladas no Brasil é de 403 – empregando um total de 33.952 pessoas, aproximadamente. A importação tem quase 50% do peso sobre o faturamento total, o que significa que o consumidor brasileiro quer produtos atualizados e alinhados com as tendências internacionais.
NA PRÁTICA: A indústria dentro do segmento de brinquedos passou por uma intensa crise que acarretou num aumento acelerado de importações provenientes da China. O objetivo central era a redução de custos e, por conta disso, a qualidade dos produtos importados passou a ser baixa e a gerar risco ao consumidor. Neste momento, o Inmetro aumentou o rigor para que esses brinquedos importados, fabricados e comercializados, estivessem dentro de um padrão de qualidade.
Vale lembrar a importância de analisar o tratamento administrativo do produto antes de importar, sendo o órgão responsável no caso dos brinquedos, o INMETRO.
É fundamental, também, verificar a classificação do produto (NCM). A maioria dos produtos são controlados pelo Inmetro, porém, o que ainda não estão regulamentados ficam isentos da certificação. Quando houver necessidade, dependendo do tipo do produto, importa-se uma amostra para realizar o processo de avaliação de conformidade.
O escopo técnico de análise é extenso, compreendendo:
- Requisitos Gerais
- Requisitos Materiais
- Requisitos de Propriedades Físicas e Mecânicas
- Requisitos de Inflamabilidade
- Requisitos Químicos
- Requisitos para jogos de experimentos químicos e atividades relacionadas
- Requisitos para jogos químicos distintos de jogos de experimentos
- Requisitos Elétricos
- Requisitos de marcações, legendas, instruções de uso e informações obrigatórias no produto e na embalagem
Ainda, alguns produtos podem não ser considerados brinquedos, principalmente quando não são explicitamente aplicáveis ao público infantil, e talvez possam até se submeter a outras portarias do Inmetro.
Com a conclusão do processo de certificação, o importador estará autorizado a importa, exigindo apenas o requerimento da Licença de Importação junto ao Inmetro, através do sistema Orquetra. A Licença de Importação estando deferida, sequencia-se o processo padrão.
Exemplos de brinquedos em uma loja prontos para serem vendidos
LOGÍSTICA: A coleta de transporte internacionais são fundamentais para o sucesso da importação dos brinquedos. Por se tratar de produtos acabados, já embalados e prontos para serem acomodados nas prateleiras, garantir a integridade é fundamental. Entretanto, um grande costume do empresário brasileiro iniciando no Comércio Exterior, é exigir redução de custos ao fornecedor – tal redução, usualmente, é compensada na redução da qualidade da embalagem de transporte ou embalagem máster. Por conta dessa péssima estratégia, o produto pode ficar com a apresentação comprometida (amassada/rasgada) para venda, ocasionando em perdas.
FECHAMENTO: A importação de brinquedos é um nicho de mercado muito positivo para explorar oportunidades de tendências. Produtos que estão em uma crescente de vendas, se tornando sucesso no exterior, são uma forte aposta para importar antecipadamente, e pegar um mercado com alta procura e pouca concorrência.
Para empresas fabricantes, a importação possibilita redução de produção – seja pela importação de máquinas, embalagens, matéria-prima ou componentes (partes e peças). Vale ressaltar que as fábricas brasileiras estão conseguindo exportar seus produtos devido ao aumento de qualidade nacional, principalmente por conta do rigor regulatório brasileiro.
A Gainholder possui experiência para realizar o processo de importação desde a elaboração, pesquisa, planejamento e operação. Abaixo, trouxemos alguns cases que retratam algumas de nossas experiências nesse setor:
Cases de clientes da Gainholder - Importação de brinquedos
CASE 1: uma fábrica de brinquedos voltada para educação queria ampliar seu leque de produtos. O primeiro passo, foi identificar tais produtos – dividindo-os em três grupos: produto acabado, partes e peças, e embalagem. O foco inicial era reduzir custos fabris, impulsionados pela importação de partes e peças, e realizar a montagem no Brasil. Estudos de viabilidade (VAMCO) foram realizados, e tornou-se então viável o projeto de importação. A empresa já possuía uma excelente estrutura para operacionalizar a importação, e através de nosso planejamento, o processo saiu do papel.
CASE 2: a importação sempre possibilita explorar oportunidades de negócios. Uma empresa paulista nos procurou para um novo negócio até então não explorado no Brasil – apenas no exterior, uma grande febre na época - Bichinhos de Pelúcias Motorizados, para locação em shoppings e espaços recreativos. O primeiro aspecto a ser vencido, era encontrar um fornecedor qualificado (GSR), pois mesmo sendo um produto popular nos Estados Unidos e Europa, as fábricas eram domésticas e não focadas na escala ou exportação. Sendo assim, o processo não era negociar a compra em si, mas sim encorajar e convencer o fornecedor a exportar. Com a seleção do fornecedor conclusa, foi desenvolvido o planejamento da importação (VAMCO) para o cliente apresentar aos demais sócios. Entretanto, outra empresa paulista se antecipou e importou todos os componentes para montagem no Brasil, e acabou conquistando o mercado brasileiro.